Rede Ginásio Experimental Carioca

Prefeitura do Rio de Janeiro

Rede pública de escolas inovadoras que valoriza características de cada instituição. O projeto atende alunos do 7º ao 9º ano do ensino fundamental e tem foco no estudo dirigido, no projeto de vida, no protagonismo juvenil e em matérias eletivas.

Rede pública de escolas inovadoras que valoriza características de cada instituição. O projeto atende alunos do 7º ao 9º ano do ensino fundamental e tem foco no estudo dirigido, no projeto de vida, no protagonismo juvenil e em matérias eletivas.

País: Brasil
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Problema: O baixo desempenho acadêmico e o gradual desinteresse pelos estudos de jovens do 7º ao 9º ano do ensino fundamental são o foco do programa Ginásio Experimental Carioca, em escolas públicas municipais do Rio de Janeiro. O objetivo é que os estudos passem a fazer sentido aos adolescentes, os tornem cidadãos autônomos e ativos e capazes de planejar o próprio futuro. O programa começou a ser implantado em 2011 em dez escolas da rede. Hoje, está presente em 28 escolas.




Soluções: Os quatro principais diferenciais do programa são o incentivo ao projeto de vida, atividades de protagonismo juvenil, estudo dirigido e matérias eletivas, mas cada escola prioriza características próprias do entorno para desenvolver sua metodologia. Por exemplo, há um colégio que dá especial atenção ao estudo de música, o GEC do Samba, próximo à escola de samba Imperatriz Leopoldinense, e outro ao estudo de línguas, como o GEC Poliglota, que fica perto do aeroporto internacional Tom Jobim. Há ainda quatro unidades do Ginásio Olímpico, o Ginásio das Artes Visuais e o Ginásio de Novas Tecnologias Educacionais. Os alunos ficam na escola das 8h às 16h.

Nos Ginásios Experimentais Olímpicos, por exemplo, estudantes que têm aptidão para o esporte são direcionados para atividades específicas, recebem incentivos e estrutura para desenvolver habilidades em diferentes modalidades olímpicas. As práticas esportivas são mescladas com a formação acadêmica e com o incentivo à cidadania. Os alunos têm treinos e aulas de inglês diariamente, aprendem sobre saúde e passam por um desenvolvimento esportivo de longo prazo. No GEC do Samba Francisca Soares Fontoura de Oliveira, onde muitos alunos têm ligação com o estilo musical, os estudantes desenvolvem suas aptidões em aulas de instrumentos musicais, como teclado, violão, percussão, flauta doce, além de canto e teoria musical. Já o foco do GEC Poliglota Anísio Teixeira é o ensino de línguas, como inglês, espanhol e até árabe. As línguas estrangeiras são ensinadas com o uso de vídeos e músicas desenvolvidos pelos próprios professores e com foco na comunicação. Nas aulas, os estudantes podem ainda se comunicar com nativos das línguas pelo Skype ou por redes sociais. 

Em comum, todos os alunos dos Ginásios Experimentais participam de atividades do Projeto de Vida, que tem objetivo de aprimorar o lado humano dos estudantes e incentivar o desenvolvimento de seus potenciais. O programa ocorre uma vez por semana, com a reflexão sobre valores e a promoção de atitudes importantes, como o relacionamento com os outros, para o esporte e para a vida. Há, ainda atividades feitas pelos alunos de forma colaborativa e atendimento personalizado a cada um dos estudantes, com o acompanhamento de um tutor. Novas tecnologias e materiais didáticos estruturados por apostilas e exercícios são usados pelos professores, que fazem o planejamento do que será ensinado em conjunto. Educadores e alunos usam a plataforma de aulas digitais Educopédia, que tem materiais de suporte ao professor, planos de aulas, jogos pedagógicos e vídeos. 

Com dedicação exclusiva a uma escola, os professores passam por vários treinamentos, como planejamento de aulas, didática e gestão do tempo em sala. Eles compilam informações sobre as atividades que deram certo e depois repassam essas experiências para colegas de outras escolas.




Resultados: Os alunos ficam mais motivados a continuar os estudos e sentem que a escola faz sentido para seu futuro. No primeiro ano de implantação, a nota dos alunos dos anos finais do ensino fundamental do Rio de Janeiro no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) aumentou 22%, de 3,6 para 4,4, e colocando a cidade entre as cinco melhores capitais do país. Entre as dez melhores escolas avaliadas da cidade, quatro eram Ginásios Experimentais. O programa ajudou ainda a diminuir a evasão escolar.