Escuela Nueva

Fundación Escuela Nueva

Criado na Colômbia, o modelo educacional é centrado no aluno e na colaboração. O currículo foca em atividades relevantes para o dia a dia das famílias. Os estudantes trabalham reunidos em pequenos grupos espalhados pela sala de aula, que conta com uma pequena biblioteca e cantos de aprendizagem. Também se reúnem em comissões para discutir questões relacionados à escola. O professor atua como facilitador.

Criado na Colômbia, o modelo educacional é centrado no aluno e na colaboração. O currículo foca em atividades relevantes para o dia a dia das famílias. Os estudantes trabalham reunidos em pequenos grupos espalhados pela sala de aula, que conta com uma pequena biblioteca e cantos de aprendizagem. Também se reúnem em comissões para discutir questões relacionados à escola. O professor atua como facilitador.

País: Colômbia
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Problema: O projeto, criado em 1974 e iniciado em 1975 na Colômbia, foi pensado para combater a evasão escolar, reprovação de alunos, desvalorização de professores, distanciamento entre escola e comunidade e escassez de materiais de aprendizagem em escolas rurais do país. Escrito por Vicky Colbert, Oscar Mogollón e Beryl Levinger, o modelo educacional deixa de lado a memorização e a aprendizagem passiva, para se concentrar no aluno, promovendo a participação, o trabalho cooperativo, a construção da aprendizagem e o ensino personalizado e ativo. O objetivo é melhorar a qualidade, a relevância e a eficiência da educação. A Fundación Escuela Nueva foi criada em 1987. O programa começou em escolas de áreas rurais, onde um ou dois professores ensinavam alunos de diferente séries simultaneamente. Atualmente, atende também populações urbanas marginalizadas e migrantes.




Soluções: A aprendizagem é centrada na criança e na colaboração. O currículo envolve atividades relevantes para a vida dos estudantes do ponto de vista cultural e social e incentiva a aplicação dos conhecimentos em casa e na comunidade. Os elementos-chave são os guias de aprendizagem, a biblioteca, os cantos de aprendizagem e o governo do estudante.

Os guias trazem atividades didáticas que incentivam o trabalho em equipe. A ideia é que os alunos estudem, ajudando uns aos outros, dialogando entre si e com o professor. Cada estudante pode avançar em seu próprio ritmo no aprendizado e planejar os estudos com a ajuda do educador. O calendário e o sistema de avaliação são flexíveis. A ideia é desenvolver habilidades do século 21, como aprender a aprender, trabalho em equipe, tomada de decisão, liderança e cumprimento de prazos. 

A sala de aula é usada como instrumento fundamental no processo de aprendizagem. Grupos pequenos de alunos trabalham juntos, em módulos adaptáveis, desenhados para promover a interação e levar ao exercício do diálogo e do pensamento crítico. A sala tem cantos de aprendizagem, onde os alunos podem expor projetos e trabalhos. O espaço conta ainda com uma pequena biblioteca. 

Os estudantes participam de comissões, chamadas de governo do estudante e que reúnem crianças de diferentes idades, séries e gêneros. O objetivo é desenvolver valores democráticos, encorajar a participação cívica, a coexistência pacífica e o desenvolvimento social e emocional. 

Os professores atuam como facilitadores. Eles conversam com os estudantes reunidos em grupo, observam e comentam os trabalhos. Para isso, recebem treinamento experiencial, participam de círculos de aprendizagem e dão apoio uns aos outros para promover mudanças positivas de atitude.

A escola mantém um relacionamento forte e próximo dos pais e da comunidade, que têm um papel importante na vida escolar.




Resultados: Os estudantes adquirem, além de conhecimentos acadêmicos, habilidades não-cognitivas, aprendendo a pensar e a trabalhar no próprio ritmo. Sua autoestima aumenta. Eles aprendem a trabalhar em equipe, de forma cooperativa. Meninos e meninas têm as mesmas oportunidades para participar. Todos desenvolvem habilidades empreendedoras e de liderança. O projeto aumenta a retenção dos alunos na escola, melhora o desempenho acadêmico, reduz as taxas de repetência e a evasão escolar. Desenvolve ainda valores e habilidades sociais, como comportamento democrático, atitudes solidárias, civismo e convivência pacífica. Já se espalhou para outros 16 países além da Colômbia. Está hoje no Brasil, Guiana, Nicarágua, República Dominicana, Chile, Timor Leste, Panamá, Guatemala, El Salvador, Uganda, Peru, Honduras, Filipinas, Vietnã, Paraguai e México. O modelo educacional foi reconhecido pelo Banco Mundial como uma das três inovações com impacto nas políticas públicas mais bem sucedidas do mundo em 1989. Em 2000, a Unesco apontou a Colômbia como o único país da América Latina, além de Cuba, em que as escolas rurais superaram o desempenho das escolas urbanas, com exceção de algumas grandes cidades. O projeto foi considerado ainda uma das três maiores conquistas da Colômbia em 2000 pelo Relatório de Desenvolvimento Humanos das Nações Unidas e foi um dos vencedores do Wise Awards em 2013.