Escola do Projeto Âncora

Projeto Âncora ­Pelos Direitos da Criança, Adolescente e ldoso

Escola de Cotia, na região metropolitana de São Paulo, cujo objetivo é incentivar a autonomia dos alunos e dos educadores. Os estudantes podem escolher os temas que querem estudar e são orientados por tutores. Não há divisão por séries nem provas. O espaço é amplo e variado e inclui pistas de skate, área ao ar livre e até uma lona de circo.

Escola de Cotia, na região metropolitana de São Paulo, cujo objetivo é incentivar a autonomia dos alunos e dos educadores. Os estudantes podem escolher os temas que querem estudar e são orientados por tutores. Não há divisão por séries nem provas. O espaço é amplo e variado e inclui pistas de skate, área ao ar livre e até uma lona de circo.

País: Brasil
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Problema: O Projeto Âncora foi fundado em 1995 com o desafio de melhorar a realidade de crianças e adolescentes de Cotia, na região metropolitana de São Paulo, por meio de atividades educativas no contraturno. Em uma região na qual luxuosos condomínios fechados contrastam com inúmeras favelas, o projeto sempre buscou oferecer para alunos de famílias com baixo nível socioeconômico uma formação para o exercício da cidadania, que pudesse colaborar para a construção coletiva de uma sociedade justa, equilibrada e sustentável. No entanto, após 16 anos, sentiu­-se a necessidade de realizar uma abordagem integral e disruptiva, visto que o trabalho feito com as crianças se perdia nos momentos em que elas iam para a escola regular, antes ou depois das aulas no projeto.





Soluções: Em 2012, foi inaugurada a escola de ensino fundamental com filosofia educacional inspirada na Escola da Ponte de Portugal, do professor José Pacheco, cujo principal objetivo é incentivar a autonomia de alunos e educadores. Na instituição, não há separação por séries e as crianças desenvolvem projetos de acordo com suas afinidades. Fisicamente, a escola também não se parece com outras tradicionais. Os espaços são amplos e variados —­ há uma pista de skate, áreas ao ar livre, salões grandes com mesas que se juntam ou se separam, conforme a necessidade e desejo dos alunos, e até uma lona de circo, sob a qual as crianças pulam na cama elástica, se exercitam e estudam. Além disso, algumas normas e ferramentas pedagógicas são discutidas em assembleias.


Já as atividades que cada aluno vai desenvolver são definidas em conversa com tutores e anotadas em roteiros de estudo individuais. Funciona assim: os alunos descobrem interesses específicos, procuram seus tutores e, juntos, constroem uma tabela com objetivos de aprendizagem para um determinado período. Nesse percurso, sem provas, os alunos estudam conteúdos das mais diversas disciplinas e, no fim, têm que desenvolver um projeto a partir do assunto pelo qual se interessaram. Uma lista com todos os conteúdos que as crianças precisam dominar ao longo dos anos, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, é apresentada na parede dos salões, e os tutores registram diariamente tanto o domínio dos conteúdos demonstrados no desenrolar dos projetos, quanto o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Para complementar conhecimentos que não foram adquiridos através dos projetos, são oferecidos workshops para os estudantes.




Resultados: A autonomia da aprendizagem desperta o interesse e a sensação de pertencimento das crianças ao processo pedagógico. O próximo passo do Projeto Âncora, já em desenvolvimento, é expandir a experiência e os espaços de aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos para toda a cidade.