Te Kotahitanga

Ministério da Educação da Nova Zelândia

País: Nova Zelândia
Visite o Site
Inovação: Incremental
Onde: Na escola |
Tendencias: Competências para o século 21 | Personalização

O projeto foca na melhoria da aprendizagem dos estudantes do povo indígena Maori, da Nova Zelândia. Começou com uma pesquisa e depois passou para o treinamento dos professores, que começaram a usar uma nova pedagogia, voltada para as interações em sala de aula e para a valorização cultural.

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O projeto foca na melhoria da aprendizagem dos estudantes do povo indígena Maori, da Nova Zelândia. Começou com uma pesquisa e depois passou para o treinamento dos professores, que começaram a usar uma nova pedagogia, voltada para as interações em sala de aula e para a valorização cultural.

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Problema: O insucesso escolar dos estudantes do povo indígena Maori, da Nova Zelândia, aliado às diferenças sociais, econômicas e políticas entre os descendentes de anglo-europeus e os Maori levou à criação do Te Kotahitanga (que significa união de propósitos) em 2001. Mais de 40% dos Maori deixavam a escola sem qualificações formais e a taxa de suspensões era três vezes maior entre eles em relação aos outros estudantes. O povo Maori ainda sofria ainda com o preconceito, às vezes vindo dos próprios professores, e as crianças abandonavam a escola mais cedo e chegavam menos ao ensino superior. Com isso, tinham taxas maiores de desemprego e ocupavam posições com salários baixos no mercado de trabalho. O projeto partiu de uma pesquisa feita para definir as causas das diferenças entre os jovens Maori e alunos de outras descendências. Depois disso, sugeriu mudanças, como o uso de um currículo inovador e uma pedagogia criada para aumentar o envolvimento, o desempenho e as oportunidades aos jovens Maori. O estudo foi liderado pelo professor de Educação Maori da Universidade de Waikato Russell Bishop.




Soluções: A primeira fase do projeto foi uma série de entrevistas com estudantes Maori, de 9 e 10 anos, seus pais, professores e diretores. O objetivo era identificar as experiências vividas pelos alunos Maori e pelas pessoas diretamente envolvidas com a educação deles. A partir do estudo, os integrantes do projeto desenvolveram um currículo, chamado Perfil de Ensino Eficaz (Effective Teaching Profile, ETP, em inglês), que levou em conta sugestões dos entrevistados e também pesquisas internacionais sobre o tema. 

O perfil se tornou a base de apoio para o trabalho dos educadores. Tem seis elementos-chave para o treinamento do professor: ele deve olhar os alunos como pessoas culturalmente localizadas; deve mostrar interesse pelo desempenho deles; precisa ser capaz de criar um ambiente seguro e bem gerido de aprendizagem, em que o poder é dividido com os alunos; deve incentivar a participação; precisa ainda usar estratégias que levem às interações entre os alunos; e é responsável por promover, acompanhar e refletir sobre os resultados dos estudantes. Outras premissas são o foco na voz do estudantes, nas relações de afeto, no incentivo ao diálogo e no uso de ferramentas eletrônicas. 

A nova abordagem começou a ser implementada em sala de aula em 2004 e 2005, por meio do Programa de Desenvolvimento Profissional Te Kotahitanga, que inclui treinamentos aos educadores e reuniões periódicas de feedback. Além disso, os dirigentes escolares, pais e a comunidade passaram a se concentrar em mudar a estrutura das escolas e em criar maneiras para apoiar os educadores. A professora de matemática Michelle James, da Rotorua Girls High School, por exemplo, disse que aprendeu nos treinamentos do programa a importância de estabelecer confiança e de se aproximar dos alunos. Viu que esta é a parte mais importante do trabalho em sala de aula e que o aprendizado ocorre de uma forma mais natural depois disso.

Resultados: O projeto promoveu uma reforma em toda a escola e se provou eficaz e transformador para os alunos. Atingiu 50 escolas no país. Houve um aumento significativo no desempenho dos alunos beneficiados, principalmente em alfabetização e matemática. A participação, o engajamento e a retenção também tiveram ganhos positivos. Os professores disseram que o apoio dado pelas escolas foi essencial para a melhoria dos resultados dos estudantes. O número de alunos Maori que chegaram ao final do ensino médio aumentou. O projeto durou até 2013, ano em que foi um dos vencedores do prêmio Wise Awards. Depois disso, foi incorporado a novas iniciativas do Ministério da Educação da Nova Zelândia para melhorar os resultados dos alunos Maori na escola.