Radiophone

Sesame Workshop India

O projeto leva programas educativos com os personagens da versão indiana da Vila Sésamo, chamada Galli Galli Sim Sim, a regiões marginalizadas da Índia, por meio de rádios comunitárias e telefonia celular. Com histórias divertidas, ensina hábitos saudáveis e de higiene, contribui para o aprendizado da leitura, da escrita e da matemática.

O projeto leva programas educativos com os personagens da versão indiana da Vila Sésamo, chamada Galli Galli Sim Sim, a regiões marginalizadas da Índia, por meio de rádios comunitárias e telefonia celular. Com histórias divertidas, ensina hábitos saudáveis e de higiene, contribui para o aprendizado da leitura, da escrita e da matemática.

País: Índia
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Problema: O projeto indiano combate a dificuldade de milhões de famílias em ter acesso a informações que ajudem as crianças a se desenvolverem de forma saudável e plena. Criado em 2011, usa uma combinação de rádio comunitária e sistemas baseados em telefonia para entregar conteúdos educativos e divertidos a comunidades sem acesso à televisão, à internet e até à energia elétrica. Enquanto 77% da população indiana que vive nas cidades têm televisão, esta porcentagem cai para 33% nas áreas rurais. Já o rádio chega a 80% do total de casas do país, por meio de rádios FM ou de telefones celulares. Assim como os vídeos exibidos na TV e na internet, os áudios trazem histórias, músicas e jogos interativos que envolvem os personagens da versão indiana da Vila Sésamo, que leva o nome de Galli Galli Sim Sim. O programa de TV chegou ao país em 2006. Até 2012, já havia sido assistido por mais de 80 milhões de pessoas. Há ainda versões impressas e atividades em escolas. O projeto tem parceria com empresas como HSBC e Qualcomm e Schwab Charitable Fund.




Soluções: Os programas têm temas variados, como alfabetização, matemática, hábitos saudáveis, alimentação e higiene, e trazem personagens da Vila Sésamo contracenando com atores. A difusão dos áudios por rádio e por streaming é relevante, principalmente, para populações marginalizadas e migrantes do país. O projeto ajuda as crianças a se prepararem para a escola e para a vida ao mesmo tempo que celebra a diversidade cultural da Índia. Elas melhoram seu vocabulário, aprendem a contar histórias, a fazer jogos de palavras, a diferenciar sons, a lidar com números e resolver problemas, entendem a relação de causa e efeito, além de aprenderem hábitos saudáveis, físicos, emocionais e sociais. 

Com o programa, pais, professores e a comunidade em geral aprendem ainda sobre a importância da educação e da saúde das meninas e são estimulados a discutir questões essenciais para a realidade indiana, como a necessidade de desenvolvimento social de famílias marginalizadas. A aldeia pobre e conservadora de Nagina, no distrito de Mewat, em Haryana, a cerca de cem quilômetros de Nova Delhi, por exemplo, não tem eletricidade. O projeto Radiophone chegou até lá por meio de telefones celulares sintonizados em uma rádio comunitária da região. As crianças e adultos do local passaram a ouvir os programas do Galli Galli Sim Sim e a aprender hábitos importantes, como lavar as mãos antes das refeições. Além disso, ao menos dez escolas receberam material educativo sobre hábitos saudáveis e orientação curricular para professores.




Resultados: Estudos mostraram que 34% das crianças que tiveram acesso ao conteúdo do projeto apresentaram mudanças nos níveis de aprendizagem. Elas tiveram ainda alterações na qualidade de vida. As cerca de 200 mil crianças que conheceram o projeto tiveram uma melhora no vocabulário e na capacidade de contar histórias três vezes maior do que aquelas que não tiveram acesso aos programas. Tiveram ainda quatro vezes mais sensibilização para a importância da coleta de lixo e da conservação da água. As pesquisas mostraram também que o acesso ao conteúdo do projeto teve impactos imediatos nos ouvintes. Algumas pessoas pararam de fumar, outras levaram os filhos para tomar vacina, começaram a economizar dinheiro ou passaram a estudar. Após os programas, ouvintes ligam para a rádio para fazer perguntas a especialistas ao vivo. Compartilham ainda preocupações da comunidade, como a falta de acesso à água.