Expeditionary Learning

Organização Não­-Governamental Expeditionary Learning

O método de ensino da ONG americana é baseado no modelo de coaching dado pelos professores aos alunos. Os estudantes são incentivados a fazer pesquisas sobre temas do mundo atual e apresentar os resultados a especialistas e à comunidade. Ao todo, 165 escolas espalhadas pelo país participam da rede.

O método de ensino da ONG americana é baseado no modelo de coaching dado pelos professores aos alunos. Os estudantes são incentivados a fazer pesquisas sobre temas do mundo atual e apresentar os resultados a especialistas e à comunidade. Ao todo, 165 escolas espalhadas pelo país participam da rede.

País: EUA
Visite o Site

Problema: A ONG foi criada nos Estados Unidos em 1993 com a intenção de alterar o modelo tradicional de ensino, baseado nas aulas expositivas desconectadas da prática e da realidade dos alunos, com o professor no centro. Além disso, o trabalho procura envolver pais e a comunidade no dia a dia da escola.




Soluções: A organização trabalha em parceria com escolas para implantar um currículo inovador, que inclui recursos de ensino criados por professores, baseado em um modelo de coaching. Os educadores incentivam os alunos a se engajar no aprendizado com o desenvolvimento de projetos relacionados a desafios importantes para o mundo real. 

Dez princípios, chamados de Design Principles, expressam a filosofia e os valores do projeto. São eles: a importância da auto­descoberta; abertura para ideias maravilhosas; responsabilidade pelo aprendizado; empatia e cuidado; sucesso e fracasso; colaboração e competição; diversidade e inclusão; mundo natural; solidão e reflexão e trabalho e compaixão. 

As crianças e adolescentes fazem investigações de longo prazo, que podem durar meses, sobre temas que querem aprender e descobrir ou que os incomodam, como pesquisar in loco a qualidade da água de rios ou levantar fundos para ajudar a manter a biblioteca de uma escola em Gana. Depois, apresentam suas conclusões aos colegas, professores, pais, à comunidade e até a indústrias e empresas. Para botar em prática o método, os professores passam por treinamento para aprender como orientar a busca dos alunos. Nesta formação, também participam de projetos que envolvem a investigação de assuntos da vida real.

Os alunos da escola King Middle School, de Portland, Maine, por exemplo, saíram com os professores para colher amostras de água de um rio da cidade. Usando equipamentos científicos, testaram a qualidade da água, para depois fazerem análises e escreverem relatórios sobre a situação que encontraram.

A ONG mantém um centro de documentação e divulgação dos trabalhos dos alunos, chamado Center for Student Work. Lá, é possível encontrar projetos em vários formatos, como desenhos, fotografias, vídeos, textos e pesquisas, de alunos de várias idades. Mais de 165 escolas distribuídas por 33 estados americanos são parceiras da instituição.

Resultados: Após três anos de estudos com o método, os alunos ficam 10 meses à frente de outros estudantes em matemática e sete meses à frente em leitura. Entre as habilidades desenvolvidas estão o aumento do engajamento e da socialização, o conhecimento acadêmico aliado ao senso crítico e à capacidade de resolver problemas, papel de liderança, organização de conferências familiares e apresentações formais para especialistas, condução de projetos e pesquisas de campo de alta qualidade e participação na comunidade. Pais e familiares participam mais do processo educacional.